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Especialista em moda, fala sobre o impacto do novo Coronavírus no Mercado da Moda

Com o cancelamento do SPFW e outros grandes eventos de moda pelo mundo todo, a stylist - que atende diversos sertanejos, entre eles Fernando (dupla com Sorocaba) e Thaeme, afirma que o momento é para dar uma pausa, estudar e se reinventar


Os looks montados por Roze Motta são vistos por toda parte no meio artístico. Nos palcos, DVDs, entrevistas e aparições de Fernando & Sorocaba, Marcos & Belutti, Thaeme & Thiago e Chitãozinho (da dupla Chitãozinho & Xororó), entre outros famosos, sempre há um toque de Roze. Com a crise do novo COVID-19, a stylist fala sobre o impacto em seu trabalho e em toda a moda mundial.

Diante do cenário atípico, pela primeira vez o principal evento de moda do Brasil foi cancelado. Nos últimos dias, a direção do SPFW anunciou que a edição que seria realizada entre 24 e 28 de abril, foi cancelada. Segundo Roze, isso reafirma o impacto do novo coronavírus em todas as relações de negócios a nível global. "É um momento delicado em que temos que aprender a lidar com tudo isso. Afeta o mundo todo, mas essas reações precisam ser tomadas o quanto antes".

Na Semana de Moda Milão 2020, a ameaça já estava presente e a stylist conta que isso se tornou um marco: "A semana de moda de 2020 ficou marcada pra sempre na história. As pessoas estavam preocupadas, não estavam confortáveis". Como solução ao vácuo que restaria na moda, Roze afirma que é importante se reinventar e investir no mundo virtual: "É hora das grandes marcas aprenderem com tudo isso e se reinventarem. A Armani deu um ótimo exemplo fazendo transmissões ao vivo nas redes sociais e isso tem tudo a ver com a geração atual. Está todo mundo conectado e prestando atenção".


Cenário geral

Shoppings fechados e lojas com horários reduzidos podem dificultar o consumo, mas de acordo com a stylist, não interfere na busca pela moda. "Não é porque as pessoas estão de quarentena que deixarão de se preocupar com a moda. As pessoas que gostam de estar antenadas continuam buscando. Como eu disse, está todo mundo conectado." Com um olhar um pouco mais otimista sobre a situação, Roze diz que o público deve aproveitar o tempo livre para buscar, pesquisar, se atualizar e lembrar que toda essa crise é passageira.

Entretanto, no ponto de vista do consumo, é importante focar na consciência das engrenagens que trabalham para fazer com que entregas de compras online sejam realizadas. "E uma boa hora para trabalhar virtualmente, buscando e consumindo moda. Podemos até comprar mais, mas temos que pensar nas pessoas dos correios. Em algum momento o serviço pode parar. Existem pessoas se expondo para fazer essas entregas. Tudo deve ser pensado para colocar o mínimo de pessoas nas ruas."

Como o problema é mundial, Roze acredita que não existe impacto na velocidade em que novas tendências chegam ao Brasil, justamente devido à internet.

A grande questão gira em torno da exportação e importação, sendo novamente sobre o consumo. Segundo a stylist, 40% do setor de luxo é consumido pela China, causando um impacto econômico imensurável. "Sem desfiles, resta essa carência aos consumidores fiéis. Não conseguimos importar e nem exportar nada", e novamente Roze menciona a reinvenção das marcas: "Na última semana de moda a gente já viu máscaras cirúrgicas em alguns fashionistas com estampas, logos, como a Supreme e outras marcas. Acredito que todos seguirão esse caminho e conseguirão passar por isso".
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Jornalismo Revista Fácil

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