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CRUZEIROS MARÍTIMOS INJETARAM R$ 1,911 BILHÃO NA ECONOMIA BRASILEIRA



CRUZEIROS MARÍTIMOS INJETARAM R$ 1,911 BILHÃO NA ECONOMIA BRASILEIRA DURANTE A TEMPORADA 2015/2016

O Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos no Brasil, realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) a pedido da CLIA BRASIL (Cruise Lines International Association) revelou que, durante a temporada 2015/2016 - com início em novembro de 2015 e término em abril deste ano, os impactos totais – tanto os gastos diretos e indiretos das companhias marítimas, quanto os gastos de cruzeiristas e tripulantes – atingiram a marca de R$ 1,911 bilhão.

Desse montante, R$ 798 milhões (42%) foram gastos em despesas das armadoras com taxas portuárias e impostos, combustíveis, fornecimento de alimentos e bebidas, reposição de água e descarte de lixo, pagamento de salários, comissionamento de agências, e custos com marketing, excursões e escritórios (conforme tabela abaixo). O valor está 29,6% abaixo do montante gasto na temporada anterior, quando as despesas de armadoras atingiram R$ 1,133 bilhão.

O levantamento ainda mostrou que os mais de 552 mil hóspedes – 0,5% a mais que a temporada 2014/2015 – que embarcaram em viagens de navio na temporada deixaram, juntamente com os tripulantes, R$ 1,113 bilhão nas cidades destino, valor 10,3% acima do gasto registrado na temporada passada, de R$ 1,009 bi. O maior volume de gastos se divide entre os setores de alimentos e bebidas, transporte, passeios turísticos, souvenir e presentes em geral.

Impacto total dos armadores na economia brasileira, por tipo de gasto
Temporada 2015/2016 (em milhões de R$)


Impactos direto e indireto dos cruzeiristas e tripulantes na economia brasileira, por tipo de gasto
Temporada 2015/2016 (em milhões de R$)



CLIA BRASIL DIVULGA ESTUDO FGV COM IMPACTO ECONÔMICO DOS CRUZEIROS MARÍTIMOS

O Perfil E Impacto Econômico Dos Cruzeiros Marítimos, uma pesquisa encomendada pela CLIA BRASIL à Fundação Getúlio Vargas – FGV, durante a temporada 2015/2016, mostra alguns números da atividade no país.


Os Cruzeiros Marítimos levam benefícios econômicos às regiões e cidades de escala. Além dos gastos de turistas e tripulantes, muitos dos insumos adquiridos para a operação do navio são nacionais, como bebidas, frutas, alimentos básicos, entre outros.

De acordo com a quarta edição do Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos no Brasil, a movimentação econômica total (impactos diretos e indiretos das armadoras e dos cruzeiristas e tripulantes) foi de R$ 1,911 bilhão durante a temporada 2015/2016 – 10,8% a menos que o impacto total da temporada anterior, 2014/2015, de R$ 2,142 bilhões.

Desse total, R$ 798 milhões (42%) são despesas das armadoras com taxas portuárias e impostos, combustíveis, compra de suprimentos (alimentos e bebidas, água e lixo), comissionamento de agências de viagens e operadoras de turismo, salários pagos, gastos com marketing, excursões e despesas de escritório. O restante – R$ 1,113 bilhão (58%) se refere aos gastos totais que os 552 mil cruzeiristas e os 2.497 tripulantes movimentaram durante a temporada. O maior volume de gastos se divide entre alimentos e bebidas, comércio varejista (suvenires e presentes em geral), transporte e passeios turísticos, e hospedagem pré ou pós cruzeiro.

Importantes impactos na criação de postos de trabalho foram gerados pelos gastos das armadoras e dos cruzeiristas, tanto dentro dos navios como na cadeia produtiva movimentada pelos cruzeiristas nas cidades portuárias e pelas armadoras em diferentes cidades do país (portuárias e não-portuárias).

O setor de cruzeiros marítimos gerou, na temporada 2015/2016, 30.884 postos de trabalho na economia brasileira, o que representou um resultado 5,6% inferior ao apurado em 2014/2015, sendo 2.497 tripulantes dos navios e outros 28.387 empregos diversos, gerados, de forma direta, indireta e induzida, motivados pelos gastos dos turistas nas cidades portuárias de embarque/desembarque e visitadas, além dos gerados na cadeia produtiva de apoio ao setor. Essas 30.884 vagas representam 3,28% do total de empregos gerados, mundialmente, pela indústria de Cruzeiros Marítimos. Em 2015, o setor empregou 939 mil pessoas e pagou US$ 39,3 bilhões em salários no mundo todo.

Se, ainda, os empregos gerados em escritórios, agências de viagem, receptivos e nas cidades onde os navios fazem escala fossem contabilizados, esse número poderia aumentar consideravelmente. As empresas representantes dos Cruzeiros empregam, em seus escritórios nacionais, mais de 300 funcionários nas diversas funções necessárias ao atendimento dos consumidores. Nos portos de embarque e desembarque, empregam outros 500, entre atendentes de check-in, carregadores, monitores etc.

Os 30.884 empregos gerados diretamente pelos Cruzeiros Marítimos mostram o quanto o setor de turismo poderia contribuir para ampliar postos de trabalho no Brasil: de acordo com números oficiais divulgados pelo Ministério do Trabalho, no acumulado de janeiro a outubro, as demissões superaram as contratações em 751.816 vagas formais no país.

Geração de empregos

De acordo com a legislação de cabotagem brasileira, as operadoras de Cruzeiros têm obrigação de preencher um mínimo de 25% de suas vagas com tripulação brasileira. Este número, no entanto, pode ser ainda maior se considerarmos a criação dos empregos indiretos, como em agências de viagens, portos de escala, além do receptivo dos destinos que recebem os navios.


Fomento às economias regionais – O movimento de pessoas nos destinos alavanca as economias locais, influindo diretamente na expansão dos negócios ligados ao turismo, abrindo oportunidades de emprego e fontes de renda e propiciando a melhoria da infraestrutura de serviços. Entre os setores mais beneficiados estão restaurantes, bares, lojas, serviços de receptivo e taxistas.

Excelente forma de promoção dos lugares – Os Cruzeiros funcionam como suporte promocional dos destinos, tendo em vista a massificação nacional e internacional das opções à disposição do turista. E, para garantirem imagem de qualidade, os pontos de destino se esforçam para reforçar seus diferenciais competitivos. As regiões são “vendidas” tanto pelos navios de longo curso (internacionais) quanto pelos Cruzeiros de Cabotagem (domésticos), por conta do interesse e da atenção despertados por cidades e Estados.

Equilíbrio do fluxo turístico na alta temporada – Os Cruzeiros contribuem para absorver o excesso de demanda por ocasião da alta temporada, quando os meios de hospedagem estão com suas capacidades esgotadas.

Visitas com mínimo impacto a locais restritos e áreas preservadas – Os Cruzeiros permitem visitas a lugares ecologicamente preservados, portanto, sem necessidade de aparatos e intervenções que venham a prejudicar paraísos e santuários naturais. Colaboram para a conservação das regiões de acesso restrito. Os navios, por seu lado, são certificados com ISO’s, participam de programas globais de preservação ambiental e trabalham em parceria com ONG’s e entidades ecológicas internacionais. Possuem, ainda, programas próprios de proteção ambiental e de alta tecnologia para processamento de lixo e resíduos de bordo, obedecendo às normas internacionais e garantindo a proteção do meio em que trabalham.

Expansão do consumo – Turistas e tripulantes são grandes consumidores de produtos e serviços regionais, uma vez que o curto período de permanência nos destinos obriga o turista a realizar neles os seus gastos.

Dos mais de 552 mil hóspedes que embarcaram em viagens de navio na última temporada de Cruzeiros Marítimos pelo país, que teve início em novembro de 2015 e término em maio de 2016, 88,8% mostraram intenção em realizar nova viagem nessa modalidade turística.

* Desses 88,8%, 29,6% escolheriam a costa brasileira como destino de sua próxima viagem; 35,6% optariam por destinos internacionais; e 23,6% afirmaram que elegeriam ambos: destinos nacionais e/ou fora do Brasil.

A pesquisa ainda mostra que 63,8% dos turistas estavam em sua primeira viagem de navio, 93,8% desceram nas cidades-escala e 82,8% pretendem retornar ao destino, numa próxima viagem, para conhecê-lo melhor.

O Cruzeiro Marítimo é uma das mais completas modalidades de lazer para os turistas.

Comodidade – Os turistas entram no navio e deixam de lado a preocupação com escolha de hoteis, embarques e desembarques em aeroportos e traslados. Encontram um apreciável conjunto de atividades de lazer e amenidades, como apresentações teatrais diárias; músicos e DJs todas as noites em diversos bares e discotecas; cinco refeições diárias, de alta qualidade e com alguns restaurantes abertos 24 horas; aulas de dança, artes variadas, decoração, culinária, ginástica, entre muitas outras atividades e facilidades.

Conforto – O navio oferece estrutura de lazer e serviços de alto nível e ambiente requintado. Além da imensa plataforma de serviço / entretenimento / atividades e da espetacular estrutura dos navios, os armadores realizam alto investimento na qualidade dos serviços, na operação e nos treinamentos e capacitação das equipes de seus navios.

Custos acessíveis – Os Cruzeiros Marítimos, principalmente os roteiros mais curtos, são muito atraentes e acessíveis.

Diversidade de paisagens – Numa mesma viagem, os turistas se deparam com uma gama de destinos oferecidos pela facilidade do acesso por navio.

Riqueza cultural / Exotismo – Lugares exóticos, praias paradisíacas, centros históricos e marcos culturais constituem um acervo incomparável de riquezas ao qual o turista tem acesso em um Cruzeiro.

Segurança – O ambiente do navio é cercado de segurança por todos os lados e todo o setor de Cruzeiros Marítimos se compromete, sempre em primeiro lugar, por preservar e maximizar a segurança de todos os hóspedes e tripulantes. Ademais, os navios obedecem a rígidas regras, controles e imposições de segurança determinadas por organismos internacionais.

Culturas diferentes – A pluralidade étnico-cultural é um vetor a mais na trajetória dos Cruzeiros, contribuindo para a elevação do padrão cultural dos viajantes.

Maior qualidade – Menor risco, mais conforto e qualidade insuperável da infraestrutura de serviços conferem aos Cruzeiros uma vantagem insuperável.

O sonho realizado – A resposta mais recorrente sobre as expectativas atendidas pelos Cruzeiros tem sido esta: “realizei um sonho”.

De acordo com o levantamento, a temporada 2015/2016 de Cruzeiros Marítimos no país transportou 552.091 turistas, sendo 94.805 (17%) estrangeiros). O gasto médio com a compra da viagem de cruzeiro foi de R$ 2250,00 por passageiro; e o tempo médio das viagens foi de 6 dias.

Para operadoras e agências de viagens, a venda de Cruzeiros – tanto no Brasil quanto em outros países – pode significar novos nichos de mercado, além de:

Novos produtos e maiores lucros – Os navios constituem novas fontes de receitas e as Operadoras de Cruzeiros estão entre as que melhor remuneram as agências de viagens.

Pacotes integrados e produtos turísticos de maior qualidade – Os turistas de Cruzeiros Marítimos podem ampliar as vendas de passagens, transporte até o porto, diária em hoteis durante o deslocamento, seguros e outros tantos serviços turísticos.

Mais demandas por viagens – A expansão do setor de Cruzeiros absorverá novos contingentes no mercado consumidor. Os turistas que costumam viajar com frequência para o exterior são potenciais consumidores do mercado de Cruzeiros. Da mesma forma, aqueles que preferem viajar frequentemente pelo Brasil são potenciais consumidores dos Cruzeiros.

Cultura do retorno – Quem conhece um paraíso tropical volta para casa com o compromisso de breve retorno. A visita rápida aos destinos funciona como apelo para conhecer o local com mais tempo. Com esse ciclo, a agência de viagens será novamente acionada.

Segundo a pesquisa, o comissionamento pago em 2015/2016 para operadoras e agências de viagens foi de R$ 64 milhões.
Compart.

MARIO PINHO

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