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Chef Felipe Schaedler (Foto: Divulgação)
Considerado um dos maiores congressos
de gastronomia do mundo, segundo a Forbes, a 18ª edição do San Sebastian
Gastronomika-
Euskadi Basque Country”, realizado de 3 a 5 de outubro no Palácio Kursaal de
Donosti, na província espanhola de Guipúscoa, no País Basco, teve como um dos
destaques a Amazônia.
Dois chefs brasileiros foram convidados
especiais: Alex Atala e sua alta cozinha da Amazônia e Felipe Schaedler, 30
anos, que fez uma palestra sobre a “Amazônia Invisível”.
“É a primeira vez que o Amazonas foi
representado no San Sebastian Gastronomika, o que é uma grande honra para mim.
Espero que depois de palestra, as pessoas sintam vontade de vir conhecer Manaus”,
afirmou Felipe.
Profissional da gastronomia há
oito anos, Felipe Shaedler é proprietário do Restaurante Banzeiro — que
completará sete anos de existência em dezembro —, ele é natural de Maravilha
(SC), mas radicado na capital amazonense há 15 anos.
Apaixonado pela cultura e
culinária locais, Schaedler faz parte de dois projetos: um de cultivo e um de
extrativismo de cogumelo em parceria com índios. O objetivo é ter alternativas
de alimentos não convencionais, como a vitória-régia.
A palestra de Felipe teve como
base em uma reportagem do jornal A CRÍTICA, de Manaus, do dia 26 de agosto,
sobre os alimentos intoxicados por causa do uso de agrotóxicos.
A reportagem denunciou o uso de
agrotóxicos em alimentos produzidos nos arredores de Manaus. O chef falou como isso afeta a vida das
pessoas e quais as alternativas para que possamos consumir outras coisas e
fugir desses produtos”, adiantou.
Chef Alex Atala (Foto: divulgação)
Convidado para participar duas
vezes como jurado da competição entre chefs no reality show, ele teve a
companhia do também chef e restaurateur brasileiro Alex Atala, 48.
O catarinense e o paulistano foram
os únicos profissionais das Américas (Latina, Central e do Norte) a participar
do congresso espanhol. Também estiveram presentes os principais profissionais
da Ásia, da África e da própria Europa.
“Normalmente, eles convidam chefs
do mundo inteiro, mas dessa vez, de todas as Américas, eles convidaram somente
o Brasil: Alex Atala e eu. Ano passado, esse congresso teve uma abrangência de
mais de 30 milhões de pessoas, considerando todas as mídias”, enfatizou Felipe
Schaedler.
“Na minha palestra falei sobre as ‘pancs’,
plantas alimentícias não convencionais e os cogumelos que temos aqui. A ideia é
mostrar uma alimentação alternativa, os problemas que temos aqui e como
solucioná-los”, finalizou Felipe.
Já Alex Atala apresentou um prato que inclui sopa de
piranha, que segundo o chef é um viagra natural.
Com o seu inovador restaurante D.O.M., Alex Atala tem colocado a cozinha brasileira no mapa gastronômico
mundial.
Além dos brasileiros, outros 45 chefs
de cozinha dos cincos continentes estiveram apresentando suas experiências. O Festival
fez a entrega do VIII Prêmio Gueridón de Ouro e do IV Prêmio de Jornalismo
Gastronômico.
Segundo a organização do evento,
o Brasil representou todo o continente americano com “uma visão panorâmica de
suas receitas exóticas explicadas por chefs visionários”.
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