Navegação

Naomi Seibt: a jovem ativista ‘anti-Greta Thunberg’ que se considera ‘realista climática’

“Hoje, a ciência das mudanças climáticas realmente não é ciência”, afirmou Seibt.



Naomi Seibt, de 19 anos

A adolescente alemã Naomi Seibt, de 19 anos, foi aclamada pelos céticos da mudança climática, durante um evento nos Estados Unidos. A jovem, que se vê como uma “realista climática”, também teve que responder sobre possíveis comentários anti-semitas defendidos por ela.

Seibt, de Münster, na Alemanha, é vista como uma voz jovem antagonista as ideias de Greta Thunberg, por questionar o consenso científico sobre a crise climática, a qual ela chamou de “ridícula”, de acordo com o jornal britânico The Guardian.

A jovem falou em um evento paralelo da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) – uma reunião anual de alto perfil de ativistas de direita nos Estados Unidos, que contará com o presidente do país, Donald Trump.

“Hoje, a ciência das mudanças climáticas realmente não é ciência”
afirmou Seibt.

“O objetivo [dos cientistas climáticos] é envergonhar a humanidade. O alarmismo das mudanças climáticas é, em sua essência, uma ideologia desprezivelmente anti-humana, e somos instruídos a menosprezar nossas realizações com culpa, vergonha e nojo, e nem mesmo levar em conta os muitos benefícios importantes que obtivemos com o uso de combustíveis fósseis. Como nossa principal fonte de energia”
afirmou Seibt em seu discurso.

Questionada no evento sobre comentários anti-semitas feitos em seu canal no YouTube, ela disse que considera “ridículo como a mídia sempre escolhe as coisas que eu digo”, e afirmou não ser anti-semita.

“Na verdade, eu estava dizendo que acho errado comentar sobre diferentes raças e vê-las de maneira diferente”. “Todos devemos ser considerados iguais. Era isso que eu estava realmente dizendo, era assim que eu via a opinião pública sobre diferentes raças ou religiões”
completou a jovem.

Em outro vídeo em sua rede social, Naomi se refere ao ativista canadense Stefan Molyneux como uma “inspiração”. O problema é que Molyneux foi descrito como um “suposto líder do culto que amplia o racismo cinetífico, a eugenia e a supremacia branca”, de acordo com o Southern Poverty Law Center, uma organização norte-americana especializada em direitos civis.

A ativista se defendeu do comentário e disse que estava descrito fora de contexto. Além disso, a adolescente foi contrata por uma think tanks – instituições que promovem e difundem informações sobre temas específicos – chamada Heartland Institute. Essas organizações, de acordo com o The Guardian, são tradicionalmente financiadas por empresas de combustíveis fósseis e carvão, também conhecidas por propagar teorias radicais anti-científicas sobre a crise climática.
Compart.

MARIO PINHO

Comente no post:

0 comentários:

Adicione seu comentário sobre a notícia