Navegação

Reabertura dos resorts Club Med no Brasil começará em agosto, afirma CEO Janyck Daudet


No Brasil, a rede conta com três unidades: Trancoso, na Bahia; Rio das Pedras, no Rio de Janeiro, e Lake Paradise, em São Paulo.


O CEO Janyck Daudet diz que pesquisa do Club Med aponta que 47,5% de seus clientes externaram a preocupação com a limpeza e a higiene nos próximos meses (Crédito: Club Med)

Em conversa com por vídeo entrevista, Janyck Daudet CEO para a América Latina da tradicional rede francesa de Hotéis e Resorts explica os fundamentos que movem a reabertura dos Resorts Club Med no Brasil e avisa:

“A viagem doméstica será muito forte nessa retomada”.

A retomada do turismo brasileiro será puxada pelas viagens domésticas. Essa tendência apontada nos últimos meses é reforçada pela pesquisa realizada neste mês pelo Club Med com 908 clientes. Questionados sobre o perfil das viagens que pretendem fazer após a pandemia do coronavírus, 81,5% dos entrevistados responderam que as suas próximas viagens serão por destinos domésticos.

No caso do Brasil, a escolha por destinos internos é justificada por diferentes fatores. Os principais são a desvalorização do real perante o dólar e a insegurança para realizar uma viagem internacional em um momento em que a pandemia continua avançando em muitas regiões do mundo, principalmente no Brasil. Muitos países já anunciaram que não irão aceitar brasileiros enquanto a pandemia não for controlada no país.

O medo de contaminação é um fator central nas decisões dos turistas de agora em diante. De acordo com a pesquisa do Club Med, 47,5% de seus clientes externaram a preocupação com a limpeza e a higiene nos próximos meses. O levantamento mostrou ainda que, nesse primeiro momento, 37,1% preferem viajar de carro, modalidade de transporte que permite menos exposição em comparação ao coronavírus.

O CEO do Club Med para a América Latina, Janyck Daudet, afirma que houve um trabalho muito criterioso e abrangente para fundamentar a reabertura dos Resorts Club Med ao redor do mundo.

“Os nossos protocolos (safe together) estão alinhados com as legislações locais, a Organização Mundial da Saúde e possuem certificações internacionais”.

Para o Club Med, o desafio foi implementar protocolos minuciosos sem comprometer a experiência do hóspede. “Isso inspirou uma grande reflexão. No Club Med há shows à noite, por exemplo. No lugar de colocar todos na sala de espetáculos, optamos por três animação em lugares diferentes para não concentrar os hóspedes”, especifica o CEO.

“O nosso principal segmento é a família. Portanto, é uma grande responsabilidade tomar a decisão de reabrir novamente. A abertura precisa ser cuidadosa e baseada na evolução da pandemia, independentemente das decisões dos governos de abrir ou não”, aponta Rabeea Ansari, vice-presidente de Marketing e Digital do Club Med para a América Latina.

Outro ponto prioritário na implementação dos protocolos foi não interferir na relação dos colaboradores com os clientes, observa Ansari. “A relação com o cliente é parte de nosso DNA. Um resort não pode virar um hospital, pois perde a sua essência”.


“Abertura precisa ser cuidadosa e baseada na evolução da pandemia, independentemente das decisões dos governos de abrir ou não”, aponta Rabeea Ansari, vice-presidente de Marketing e Digital do grupo (Crédito: Club Med)

Volta pautada no cliente

Após fechar todas as suas unidades ao redor do mundo, o Club Med começou a reabrir as portas na China, há dois meses; em seguida, na Flórida. “Na semana passada começamos a reabrir na Europa. Hoje temos 20 resorts abertos”, diz Janyck Daudet.

No Brasil, a reabertura começará no fim de agosto pelo resort Lake Paradise (SP) e será completada no início de setembro nos resorts Rio das Pedras (RJ) e Trancoso (BA). “A retomada é pautada pela evolução da pandemia no país e pela pesquisa com os clientes”, assegura Janyck Daudet.

O cliente irá encontrar uma rotina renovada pelos novos protocolos de segurança. Entre as novidades para garantir a segurança estão a ampliação do horário de funcionamento do restaurante e a substituição do sistema de buffet por refeições prontas pelo chef.

“Nós estamos pensando na retomada para o fim de agosto, mas ainda não atingimos o pico da pandemia no Brasil. Tudo vai depender da evolução da pandemia”, explica Janyck Daudet, que aposta numa retomada forte da viagem doméstica no país. “Temos uma oportunidade nesse contexto”, conclui.

POR ZAQUEU RODRIGUES
DIÁRIO DO TURISMO
Compart.

MARIO PINHO

Comente no post:

0 comentários:

Adicione seu comentário sobre a notícia