Em um ano, reclamações de serviços de banda larga cresceram 55,3%, segundo a Anatel
Reportagem Paulo Oliveira - Brasil 61
A falta de acesso à internet ou a má qualidade do serviço
têm sido queixas frequentes durante a pandemia do novo coronavírus. Em maio
deste ano, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) registrou 73 mil
reclamações referentes ao serviço de banda larga, no mesmo mês do ano passado
47 mil queixas foram registradas, o que representa um aumento de 55,3%.
A disparada nas reclamações está ligada ao aumento do
consumo da internet que, durante a pandemia, cresceu entre 40% e 50% segundo a
Anatel. Com a pandemia do novo coronavírus, a má qualidade ou a falta de
internet no país ficou escancarada. Diversas pessoas enfrentam dificuldades
para trabalhar e estudar em casa e milhões de trabalhadores se dirigem a
agências da Caixa para tirar dúvidas sobre o Auxílio Emergencial.
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
(MCTIC), Marcos Pontes, disse que o Governo Federal está aprimorando o
mapeamento da conectividade no país. “Uma das necessidades que nós colocamos
aqui no ministério, e nós temos a Infraestrutura para isso, é de fazer
critérios indicadores. Você não consegue controlar um projeto e programas se
você não tiver esses critérios claros. É preciso saber o que precisa ser feito
e em que ponto está”, afirmou o titular da pasta. Dados divulgados pelo IBGE
mostram que, em 2018, 45,9 milhões de brasileiros não tinham acesso à internet.
O número corresponde a 25,4% de toda a população acima de 10 anos de idade.
Segundo a CNM, cabe à União estabelecer normas gerais de
telecomunicação e é de responsabilidade dos municípios a implementação de
normas urbanísticas para a instalação dos serviços e atividades relacionadas ao
setor. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) afirma que leis municipais
precisam ser modernizadas, sobretudo diante do surgimento da conexão 5G. “A
legislação municipal precisa trazer normas para a instalação dessa nova
tipologia de antena, porque senão vai haver uma dificuldade do 5G no país”,
disse a Analista em Planejamento Territorial da CNM, Karla França.
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