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Dia do Profissional de Eventos: mais de 14 mil empregos do setor afetados pela pandemia no Ceará

Enid Câmara, presidente da Abeoc-CE

Com faturamento de R$ 936 bilhões, o Mercado Mundial de Eventos e Turismo representa 12,93% do PIB do País e gera quase 25 milhões de empregos. No Ceará o impacto da pandemia é da ordem de R$ 188 milhões 

O Dia do Profissional de Eventos é celebrado no dia 30 de abril. Em Fortaleza, um grupo de dirigentes de entidades do setor e convidados se reuniram numa Live nesta quinta-feira para um debate sobre o tema “A Reinvenção do Profissional de Eventos”. O setor movimenta uma cadeia de 52 segmentos da economia e está procurando formas de se reinventar em função dos impactos econômicos negativos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A expectativa de crescimento até 2021 era de 15% no faturamento, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas e Eventos (Abeoc). 

Entretanto, os setores ligados ao turismo e eventos foram os primeiros a sentir os efeitos negativos causados pelo fechamento de fronteiras e, consequentemente, cancelamento de viagens, feiras, congressos e seminários agendados para o primeiro semestre deste ano. 

A cadeia produtiva dos eventos agrega setores como o de transporte de pessoas até aluguel de equipamentos, decoração, segurança, logística, hospedagem, alimentação e bebidas, comunicação e marketing, entre outros. 

No Ceará, estima-se que 3,6 mil empregos diretos e 10,8 mil indiretos deixarão de ser gerados devido aos cancelamentos. Os dados são do levantamento realizado no mês de março pelo Fortaleza Convention & Visitors Bureau - Visite Ceará, por meio dos dados dos Sindicatos das Empresas Organizadoras de Eventos e Afins do Estado do Ceará (Sindieventos-CE) e da Associação Brasileira das Empresas de Eventos no Ceará (Abeoc-CE).

O estudo tem como Base Metodológica a sondagem do Impacto Econômico do Setor de Eventos em Fortaleza (2018) da Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio). Para o cálculo, leva-se em conta o fluxo estimado de 106 mil visitantes, incluindo 74,3 mil turistas. A média de permanência deles seria de quatro dias por pessoa, gastando cada um R$ 2.340,80. Valores que gerariam uma receita bruta de R$ 173.974.374 na economia local. Já para a realização dos eventos, seriam investidos um total de R$ 14.186.500. 

No Ceará, foi criado um comitê estratégico formado por diversas entidades ligadas ao setor para dialogar junto ao poder público municipal e estadual em busca de soluções que amenizem os impactos. “A indústria de eventos corresponde a uma enorme cadeia produtiva. Provavelmente seremos um dos últimos setores a retomar as atividades, por isso enviamos ofícios às autoridades municipais, estaduais e demais instituições de fomento solicitando ações para minimizar os efeitos da pandemia”, afirma a presidente da Abeoc-CE, Enid Câmara.


EVENTOS REMANEJADOS PARA 2021

Dentro do setor, o segmento mais afetado é o de feiras e congressos. São eventos planejados com antecedência, e mesmo que o cenário se normalize no segundo semestre, o receio é de que não haja espaço e tempo para todos.

"Nossa expectativa é encaixar os eventos adiados para o segundo semestre, mas talvez não seja possível remanejar tudo, porque não sabemos até quando essa crise irá durar", aponta Enid. 

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MARIO PINHO

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