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A CRISE DE IDENTIDADE DOS CONSELHOS ESTADUAIS DO TURISMO



Braço direito de muitas Secretarias Estaduais de Turismo, os Conselhos Estaduais atrelados a pasta, sofrem com uma enorme crise de identidade. E o motivo? É simples. Estão meio, e exatamente no meio, de onde tudo acontece. Entre MTUR e as Prefeituras, tentam ocupar o espaço vazio deixado por uma Política Nacional de Turismo errada, que de descentralizadora, não tem nada. Meio que numa eira nem beira, os conselhos merecem um papel mais significativo. E hoje, o assunto é justamente esse. 

Ah! Mas, antes de mais nada, se esta é a sua primeira vez, seja bem vindo ao Blog Gestão & Política de Turismo no Município. Nosso objetivo é ajudar gestores públicos e técnicos para colocar sua Cidade no Mapa do Mercado Turístico e de Eventos. Se já acessou outros textos, obrigado mais uma vez pela confiança. Se gostou, compartilhe e curta. Toda semana tem um novo texto.

Para que você entenda, esta crise de identidade advém de uma soma de cinco fatores preliminares que fazem com que os CONSETURs tenham um grande desafio pela frente…

PRIMEIRO: O fato de que ao longo dos governos do PT, a ênfase foi as IGR (Instância de Governança Regional), onde as UF (Unidades Federativas) funcionariam como as interlocutoras. Como o PNRT (Plano Nacional de Regionalização do Turismo) investiu em algo que patina, aliado ao fato de Brasília centralizar basicamente todo o processo de captação de recursos, as Secretarias Estaduais de Turismo viram seu poder de influência ser reduzido. 

SEGUNDO: Os Municípios que são hoje de Categorias A e B, perceberam que não dependem do Estado para fazer muita coisa….Ao contrário, se deram conta que dependem deles mesmos para tornar seus próprios Municípios, Destinos Turísticos em franco desenvolvimento.

TERCEIRO: Pelo dinamismo da Atividade Turística que muda literalmente a cada 20 minutos, as decisões não acontecem no mesmo ritmo que muitas entidades do 3° Setor gostariam que acontecesse, mesmo porque muitos deles representam o trade. Sem resultados mensuráveis, não há como manter o moral do pessoal, muito mais do que o status de ser conselheiro…e só.

QUARTO: Além disso, boa parte das pessoas acham que divulgação do Turismo é papel exclusivo da Secretaria Estadual de Turismo (ou da autarquia que vem a reboque), o que é um erro conceitual. E mesmo que ela faça, por motivos essencialmente técnicos, não conseguirá contemplar a todos, gerando aquela ciumeira de costume….

QUINTO: E há o fator político e de manobra, pelo qual o Secretário pode utilizar para fazer do CONSETUR (Conselho Estadual de Turismo) uma grande sopa de letras congregando, inchando o processo de tomada de decisão, com um número absurdo de entidades que não deveriam estar ali.

Já viu por onde a coisa vai, né? E juntando tudo isso, não precisamos de muito para saber que as reuniões acabam se tornando encontros para “informes gerais”, que é no mínimo, o máximo que dá para fazer. Sem foco, a coisa fica perdida. E não somente o conselho fica à deriva, mas também os conselheiros que passam a não compreender muito bem a agenda de trabalho, as regras do jogo, suas limitações e implicações. Se este problema já ocorre em grande parte dos COMTURs, imagine nos conselhos estaduais …

Mas, o pior mesmo é perder momentos ímpares ao deixar de aproveitar o capital humano que ali está, sem falar nas entidades representadas e etc. E a orientação aqui é simples. Urge portanto, trazer um olhar honesto e sincero para dentro dos próprio conselhos, trazendo com clareza o que é realmente o seu papel. Este debate é vital, pois lá na ponta, são os Municípios os que mais precisam de uma política de Estado nítida. E já que os CONSETURs seguirão fazendo parte da “metade do caminho”, chegou a hora deles assumirem esta posição. Pense nisso!

Dúvidas, esclarecimentos? Escreva. Curta a fanpage @politicadeturismo

Obrigado pela confiança.

Para quem não me conhece, meu nome é Eduardo Mielke. Desde 2004, meu trabalho é ajudar você que é gestor Público ou representa uma associação de turismo ou COMTUR. Os textos são para auxiliar/orientar também, aqueles Governos que buscam usar de forma mais inteligente os recursos disponíveis através da cooperação. O que importa mesmo, é a geração de emprego e renda local. O resto é conversa fiada.

Palestras, Workshops e treinamentos? Escreva para emielke@kau.edu.sa

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MARIO PINHO

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