Uma mão em oração e a outra no celular em direção à Virgem de Nazaré
(Foto: Rogério Almeida)
Um milhão e 400 mil pessoas participaram neste sábado (12/10), da procissão da Trasladação, levando a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, num cortejo pelas ruas de Belém do Pará.
Pagador de promessas em plena avenida (Foto: Rogério Almeida)
Fiéis caminhavam de joelhos sobre papelão, pagando promessas para a Virgem de Nazaré, outros tentavam segurar na corda como penitência, ou se ajoelhavam com o rosto diretamente no chão da avenida, em um momento de muita comoção e humildade .
Foto: Andrei Santos
Uma multidão lotava todas as ruas por onde passava o cortejo da padroeira da Amazônia. Este ano foi proibida a queima de fogos, mas quando passa a Berlinda com a Imagem da Santa, as pessoas elevam os braços em orações e agradecimentos. Momento único e emocionante que somente constata, quem está aqui, nesta que é considerada uma das maiores manifestações religiosas do mundo.
Multidão tenta segurar a corda e voluntário distribui copos de água, gratuitamente, para aliviar o calor e sufoco
(Foto: Rogério Almeida)
Esforço na condução da corda que puxa a Berlinda
(Foto: Rogério Almeida)
A devoção por Nossa Senhora de Nazaré já dura mais de 200 anos. Tudo começou em 1700, quando Plácido José de Souza, um caboclo da região, agricultor e caçador, filho do português Manuel Aires de Souza com uma nativa, encontrou às margens do igarapé Murutucu, em Belém do Pará, a imagem da santa.
Réplica da carroça de Plácido José de Souza que conduziu a imagem de Nossa Senhora de Nazaré (Foto: Rogério Almeida)
Imagem de Nossa Senhora de Nazaré (Foto: Rogério Almeida)
E quando a levou para casa, a imagem sempre retornava ao lugar onde foi encontrada inicialmente. Até que ela foi então levada para a Capela do Palácio do Governo da Província.
Lenda ou não, o fenômeno se repetiu diversas vezes. E foi aí que Plácido, concluiu que onde a imagem foi encontrada, era aonde realmente deveria ficar.
Com o surgimento dos milagres e o retorno da imagem de madeira com 28 centímetros de Portugal, onde fora para ser restaurada, em 1774, é que teve início a construção da capela e que hoje se transformou na Basílica e maior centro de peregrinação do norte do Brasil.
Lenda ou não, o fenômeno se repetiu diversas vezes. E foi aí que Plácido, concluiu que onde a imagem foi encontrada, era aonde realmente deveria ficar.
Com o surgimento dos milagres e o retorno da imagem de madeira com 28 centímetros de Portugal, onde fora para ser restaurada, em 1774, é que teve início a construção da capela e que hoje se transformou na Basílica e maior centro de peregrinação do norte do Brasil.
Realizado sempre no segundo domingo de outubro, o Círio de Nazaré, reúne mais de dois milhões de fiéis, que lotam os hotéis de Belém do Pará e movimenta todos os anos a economia local.
A Berlinda que traz a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, este ano foi adornada por 15 mil flores e orquídeas e contou com 16 pontos de iluminação. Por isso de longe era vista e venerada pelos milhares de fiéis que se aglomeram em todos os cantos de Belém do Pará.
Manto e imagem de Nossa Senhora de Nazaré de 2019
(Foto: Círio de Nazaré)
O manto de Nossa Senhora de Nazaré, de 2019, que apresenta a figura de "Maria, Mãe da Igreja", homenageia o Sínodo dos Bispos para a Pan-Amazônia e o broche os 300 anos de criação da Diocese de Belém do Pará, hoje transformada em Arquidiocese, com a Igreja Mãe e a catedral sobre um barco.
A peça foi desenhada por Celeste Heitmann e confeccionada pela estilista Káthia Novelino. Destaque para a samaumeira, a árvore da vida para os povos originários da Amazônia, e considerada a rainha das árvores.
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