O
mercado de robótica tem crescido muito nos últimos anos. Só para se ter uma
ideia, em 2014 o Boston Consulting Group, consultoria fundada em 1963 nos EUA e
hoje com mais de 80 escritórios no mundo, incluindo Brasil, projetou que o
mercado global atingiria US$ 67 bilhões até 2025. Três anos mais tarde, graças
aos avanços na área, o BCG reviu a estimativa, aumentando a cifra para US$ 87
bilhões.
O setor
de varejo é uma das grandes apostas da robótica. Mais que isso. O uso de uma
categoria especial de autômatos - chamados robôs de serviços - já está
começando a revolucionar o retail como hoje o conhecemos. Se antes o robô
estava confinado a ambientes controlados de produção, agora ele vai muito além
das tarefas repetitivas em fábricas, circulando e interagindo com consumidores
em shoppings, lojas e outros pontos de venda.
“Robôs
de serviço são uma realidade no exterior e é comum vê-los transitando como
atendentes em shoppings e lojas mundo afora”, diz André Araújo, CEO da XRobô,
uma das primeiras empresas brasileiras a atuar nesse mercado de perfil
futurístico. Sediada em São Paulo, foi responsável pela estreia do primeiro
robô de serviços na hotelaria brasileira, no final de 2018, com programação
embarcada no humanóide para atuar como concierge em uma importante rede de
hotéis na capital paulista.
Robôs de
serviço, simpáticos humanóides que imitam o corpo humano e realizam tarefas de
atendimento e ajuda, têm a desenvoltura de caminhar livremente e conversar com
as pessoas graças ao uso intensivo de Inteligência Artificial. Um dos melhores
exemplos, e já presente no Brasil, é o Sanbot. Inteligente e pronto para
aprender sobre praticamente qualquer tema para atender a humanos, ele é
comercializado no País pela Startup, fundada por Araújo, que é também a
primeira empresa local especializada no desenvolvimento de aplicações sob
medida para robôs de serviço. "Aplicação", nesse contexto, significa
o ensino e aculturamento da IA sobre determinados assuntos, de forma que ela possa
trabalhar com autonomia no segmento em questão.
Segundo
o executivo, que soma mais de 20 anos de experiência no mercado de automação e
robótica, a função principal de robôs de serviço no varejo é prestar
informações e apresentar produtos, comentar e fazer comparações entre itens,
dizer se há estoque disponível e até mesmo tirar pedidos - além de ser um show
em si mesmo, já que é difícil resistir a ser atendido por um ser artificial.
Esses
espertos robôs ainda expressam emoções, fazem reconhecimento facial e dão
informações sem erros sobre, por exemplo, em que seção da loja está o produto
que o cliente procura. Em shoppings tradicionais e open malls, podem ainda
orientar onde estão as diferentes lojas do empreendimento e qual o melhor
caminho para chegar até elas. Já nas lojas, os autômatos recepcionam clientes e
se locomovem por entre as pessoas, desviando de obstáculos, e podem ajudar até
aos clientes que não sabem exatamente que produtos buscam. “Sem dúvida, os
robôs de serviço realizam tarefas para facilitar as vendas, constituindo-se em
importantes peças na engrenagem do varejo moderno”, informa André.
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