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Disquinho Alimentos partirá para lojas próprias em Goiás

Vander Quirino e Ariane Ganzerli: produção de 75 para mais de 9 mil unidades por dia

De uma produção que processou cinco quilos de carne, dentro da cozinha de casa, que resultou em 75 disquinhos, para a moagem diária de mais de 600 quilos de carne e produção de 9 mil unidades. Esta é a trajetória da Disquinho Alimentos, fábrica de produtos alimentícios, que teve início em 1995 e hoje se prepara para conquistar novos mercados e iniciar um novo modelo de varejo em parceria com outros empreendedores. Em maio, a empresa vai inaugurar um quiosque no Village DG, no Setor Marista, em Goiânia.

“Vamos adotar um padrão de arquitetura e de disposição da vitrine. A ideia é que 80% dos produtos sejam nossos e o restante de parceiros”, afirma Ariane Ganzerli, diretora da Disquinho Alimentos. Outras unidades devem ser instaladas até o fim do ano. A empresa goiana gera 60 empregos diretos e 50 indiretos. Da linha de produção saem disquinhos de carne em dois tamanhos, nos sabores carne, frango, pernil com bacon, peixe, salmão e bacalhau. Nos próximos dias deve chegar ao mercado o sabor costela com mandioca.

“Sinto realizado o sonho que tive há vários anos: ver o meu produto nas gôndolas dos supermercados e de redes varejistas, concorrendo com as grandes marcas do setor de alimentos do País”, declara Vander de Paula Quirino, fundador do negócio, ao EMPREENDER EM GOIÁS.

A história da Disquinho Alimentos começou a partir da iniciativa do empresário mudar-se de Sanclerlândia, no Mato Grosso Goiano, para Nerópolis e depois para Goiânia, com a intenção de estudar. “Eu tinha o sonho de ser professor e comerciante. Me formei em Geografia pela UFG. Mas, durante o período em que estudei, fabricava salgados para vender aos colegas de faculdade e para alguns donos de bares. Colocava tudo dentro de uma mochila, montava em minha bicicleta e saía para as entregas”, conta.

Assim que o negócio começou a crescer, Vander Quirino adquiriu uma motoneta e depois, uma motocicleta Honda CG 125, que conserva até hoje. “A moto está guardada. É uma relíquia. Vou reformar e colocar em uma redoma de vidro, na sala da minha casa”, afirma. “Onde tivesse um bar, meus produtos estavam na vitrine, também vendia e entregava em residências”, afirma o empresário. Nesta época, as entregas eram feitas de motocicleta e a Disquinho Alimentos já começava a despertar para a necessidade de se consolidar no mercado.

A empresa prosperou e chegou a ter, em 1997, 80 empregados produzindo, de forma manual, cerca de 6 mil unidades por dia. Os produtos saíam da linha de produção prontos para o consumo imediato. Atualmente, a Disquinho Alimentos tem uma frota composta por oito motocicletas, cinco utilitários de pequeno porte e três caminhões.


Os produtos da Disquinho Alimentos também podem ser encontrados em grandes redes varejistas, como Empório Prime, Supermercados Tatico, Smart e Verdurão da Família. Os produtos também estão presentes em pequenos supermercados de várias cidades do interior de Goiás e em Araguaína (TO). O próximo passo é alcançar os mercados das cidades da Região do ABC Paulista. Para aumentar a participação no mercado, a empresa está ampliando a sua sede, localizada no Jardim das Esmeraldas, em Aparecida de Goiânia. Foram adquiridos dois terrenos, totalizando 800 metros quadrados, que vão abrigar a unidade de disquinhos. O prédio atual será dedicado à administração e à fábrica de pães de queijo.

Nova fase

A partir dos anos 2000, a empresa deu início a uma nova fase. A diretora Ariane Ganzerli conta que foram implantadas técnicas de controle e de gestão mais profissionais. A produção passou por processos de automação e foram colocados no mercado novos sabores e a Disquinho Alimentos passou a ofertar linha de congelados, além de diversificar com o pão de queijo. “Hoje as nossas vendas são distribuídas em 12% de produtos prontos e 88% congelados”, explica.

O maior mérito da empresa é o próprio produto, que une sabor e qualidade. “O comerciante que adquire nossos disquinhos não tem dificuldade para prepará-los para a venda ao consumidor. O produto não solta farinha, o que proporciona o aproveitamento da gordura para o preparo de outros salgados, além de ser crocante, saboroso e suculento”, explica Ariane Ganzerli. “É tudo natural”, enfatiza Vander Quirino.

O mercado exige que os produtos aliem praticidade e qualidade. Mesmo com a produção em grande quantidade, os insumos são todos selecionados, com origem de procedência. “No pão de queijo, por exemplo, só usamos ovos caipira e queijo curado. Posso dizer que é tudo feito de forma artesanal, se for levado em consideração o cuidado que temos com os nossos produtos”, assegura o empresário. A indústria recebeu o Selo de Qualidade Alimento Seguro, certificação emitida pelo Sebrae, bem como as Boas Práticas de Produção da Anvisa.
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MARIO PINHO

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