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A tecnologia que Israel ofereceu a Bolsonaro para o Nordeste



A escassez de água sempre foi um sofrimento para Israel. O país está localizado em uma região desértica, com clima entre tropical e semiárido e escassas fontes naturais de água doce.

Uma das principais estratégias do governo israelense tem sido investir na construção de usinas de dessalinização. Atualmente, cerca de 80% da água potável consumida pela população israelense é proveniente do mar.

A busca por segurança hídrica levou o governo de Israel, em 2011, investir US$ 500 milhões para erguer a usina Soreq e aumentar a quantidade de água doce para abastecimento público no país, captando água do Mar Mediterrâneo.

Localizada a 15 quilômetros ao sul de Tel Aviv, Sorek produz 624.000 m³ por dia de água doce, o que representa 7,23 m³/s, suficientes para abastecer uma cidade com população de mais de 2 milhões de habitantes.

A usina foi erguida pela IDE Technologies, companhia israelense. E a tecnologia utilizada para dessalinizar a água é a de osmose reversa.

Usina de dessalinização Sorek, em Tel Aviv, Israel
Relações de Israel com o Brasil

Em janeiro deste ano, tomamos conhecimento que Israel estava buscando intensificar as relações com o Brasil para oferecer equipamentos e tecnologia de dessalinização de água.

O embaixador israelense no Brasil, Yossi Avraham Shelley, disse que as negociações sobre transferência da tecnologia vêm sendo lideradas por empresários israelenses diretamente com estados como o Ceará e Maranhão, que sofrem com a seca da região Nordeste.

“Os empresários israelenses estão em posição de vantagem porque conseguem processar um litro de água dessalinizada por um preço menor do que o valor regular disponível nos mercados”, destacou o diplomata de Israel, segundo informações da Agência Brasil.

A reportagem abaixo do Canal Rural é bastante elucidativa e explica como a técnica israelense de dessalinização pode ser utilizada no Nordeste brasileiro.


Possível parceria com o governo Bolsonaro

Na visita que fez ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), o embaixador israelense Yossi Shelley afirmou que esta tecnologia pode ser utilizada para solidificar parceria entre os dois países, ajudando a solucionar o problema da seca no Nordeste.

O diplomata de Israel anunciou a intenção do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu bancar a instalação de uma usina piloto de dessalinização de água do mar na região, que sempre está sofrendo com períodos de seca intensa.

Quem sabe líderes de Brasil e Israel não possam conversar pessoalmente sobre esta possibilidade no dia 1 de janeiro de 2019?

A presença do premiê israelense “Bibi” na posse do presidente Bolsonaro é uma possibilidade, conforme noticiou a Renova Mídia. Caso a viagem venha a se concretizar, ela será a primeira visita de um líder de Israel ao Brasil desde a criação do Estado judeu, em 1948.
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MARIO PINHO

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