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Balança comercial fecha 2017 com maior superavit da história


A balança comercial teve um superavit de US$ 67 bilhões em 2017, melhor resultado da série histórica iniciada em 1989, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (2) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

As exportações somaram US$ 217,7 bilhões no ano passado —um crescimento de 18,5% em relação a 2016 quando se leva em conta a média diária, usada para excluir os efeitos de mais ou menos dias contabilizados em cada ano.

Já as importações somaram US$ 150,7 bilhões em 2017, ou seja, alta de 10,5% na média diária.

O saldo positivo do ano representou um aumento de 40,5% na comparação com 2016, ano em que o superavit já havia sido recorde, de US$ 47,7 bilhões.

"No ano retrasado o saldo comercial positivo se deu em parte porque as importações tiveram queda", afirmou o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira. "No ano passado, tanto as exportações quanto as importações cresceram. Isso é um sinal da retomada do crescimento da economia brasileira".

Apesar da melhoria, as exportações ainda estão abaixo do bom desempenho registrado em 2013 e 2014, quando a média diária das vendas para outros países ultrapassou US$ 1 bilhão em alguns meses.

As importações também estão bem abaixo do registrado ao longo de 2013 e 2014.

2018

Para 2018, a expectativa é de um saldo comercial positivo de US$ 50 bilhões —ou seja, se esse número se confirmar, será o segundo melhor resultado da balança da história, atrás apenas do ano passado.

"Tanto as exportações quanto as importações devem apresentar os maiores valores dos últimos três anos", afirmou Abrão Neto, secretário de Comércio Exterior da pasta. "O superávit será menor do que o de 2017 porque a expectativa é que as importações crescerão mais do que as exportações por causa da retomada da economia".

De acordo com Neto, a expectativa é de aquecimento da demanda interna, tanto por parte das empresas, que demandarão mais insumos, máquinas e equipamentos, quanto dos consumidores, que aumentarão suas aquisições de bens de consumo.

A aposta é que, com o crescimento esperado para a economia mundial neste ano, as exportações de commodities do Brasil também possam ser maiores.

"O FMI [Fundo Monetário Internacional] espera crescimento para importantes parceiros comerciais do Brasil, como China, EUA, Argentina, zona do Euro e América Latina e Caribe", afirmou Neto.

IMPORTAÇÕES E EXPORTAÇÕES

Os destaques das importações no ano foram combustíveis e lubrificantes (crescimento de 42,8%), bens intermediários (insumos para elaboração de produtos), com alta de 11,2%, e bens de consumo, cujas compras de outros países subiram 7,9%.

Já as importações de bens de capital (máquinas e equipamentos ), que só reagiram nos últimos meses do ano, tiveram queda de 11,4% na comparação com 2016.

No caso das vendas de produtos brasileiros para outros países, todas as categorias se destacaram, como as exportações de produtos básicos (alta de 28,7%), semimanufaturados (+13,3%) e manufaturados (+9,4%).

DEZEMBRO

Em dezembro, o saldo comercial foi positivo em US$ 4,9 bilhões, valor 13,2% maior do que o registrado no último mês de 2016 pela média diária.

As exportações somaram US$ 17,6 bilhões, alta de 21,4% na comparação com dezembro do ano retrasado, e as importações US$ 12,6 bilhões, crescimento de 20,2% na mesma comparação.
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MARIO PINHO

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