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Alerta para risco de nova epidemia de zika em 3 anos, diz pesquisador britânico

Foto: Jornal O Globo
O neurologista e pesquisador da Universidade de Liverpool (UK), Tom Solomon, alertou para o risco de um novo surto do vírus da zika na América Latina, nos próximos três anos. A declaração foi feita durante uma palestra entre profissionais de saúde sediada no Hospital da Restauração (HR), área central do Recife, na manhã desta quinta-feira (8). 

A preocupação dos cientistas está associada ao fenômeno climático El Niño. Segundo o pesquisador, em 2015 e 2016, houve uma uma explosão das infecções pelo vírus. Solomon ressaltou que muitas pessoas foram infectadas nesses anos e ponderou que, uma vez expostas, as vítimas não serão mais atingidas. 

"O fenômeno El Niño se apresenta a cada dois ou três anos com maior ou menor intensidade. Isso ocasiona o aumento da temperatura e também da umidade, que são propícios para a proliferarão do mosquito transmissor", afirma. 

No início deste ano, pesquisadores da universidade inglesa publicaram um artigo a respeito dessa ligação entre o vírus da zika e o El Niño, um dos mais fortes já registrado nos últimos anos. O cálculo foi feito pelos cientistas para determinar um risco de transmissão do vírus Zika. Segundo a conclusão fo estudo, em 2015, esse risco foi o maior na América do Sul, desde 1950. El Niño é um aquecimento das águas do Oceano Pacífico. 

O fenômeno é responsável por causar impacto no clima na América Latina como também em todo o mundo, já que tende a aumentar a temperatura global, liberando calor do mar para a atmosfera. 

O artigo foi publicado pela universidade na revista Proceedings of the Nacional Academy of Sciences (PNAS). Para a médica e pesquisadora da Fiocruz em Pernambuco Fátima Militão, a única forma de prevenir uma nova epidemia é controlar o vetor. 
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Por Jefferson Victor

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