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Honda apresenta a CRF 1000L Africa Twin no Salão do automóvel



Honda aposta na Africa Twin nacional para emplacar entre as maxitrails.

Desta vez, a Honda aumentou a aposta. Nos últimos anos, a marca japonesa tentou beliscar o segmento de maxitrails com a Honda XL1000V Varadero e depois com a VFR 1200X. Nenhuma das duas causou grande comoção no mercado. Agora a Honda decidiu enfrentar modelos como BMW GS 1200 R, Triumph Tiger Explorer e Yamaha SuperTénéré 1200 com a CRF 1000L Africa Twin. A insistência tem sentido. Assim como no mercado de automóveis os SUVs estão em alta, no de motocicletas de luxo as big trails e maxitrails estão na moda. Só que desta vez, ao contrário das duas antecessoras, a motocicleta é feita em Manaus. Produzir localmente foi a forma que a fabricante encontrou para ganhar competitividade: a Africa Twin chega por R$ 64.900, na versão básica, e R$ 74.900, na versão Travel Adventure, que é equipada com bauletos de alumínio, entre outras bossas. A fabricante japonesa projeta que serão vendidas 100 unidades por mês da maxitrail.



A inspiração vem das históricas Africa Twin XRV 650 e XRV 750, produzidas entre 1989 e 2003. Em comum, além do nome, só o conceito dual porpuse. O modelo incorpora design, ciclística e mecânica totalmente distintos. A moto é idêntica à vendida no mercado europeu desde 2015.

O motor a gasolina twin – dois cilindros paralelos – tem exatos 999,1 cm³, comando Unicam, quatro válvulas por cilindro e virabrequim a 270º. Ele rende 90,2 cv a 7.500 rpm com torque de 9,3 kgfm a 6 mil rpm. O propulsor é gerenciado por um câmbio de seis marchas e a transmissão final é por corrente. O chassi de aço tem berço semiduplo – semelhante ao usado na CFR 450 R Rally – com subframe traseiro.

Esta configuração permitiu uma boa centralização das massas, o que se reflete, segundo a marca, em um ótimo equilíbrio dinâmico e agilidade durante as manobras e na pilotagem. As rodas raiadas são de alumínio e calçam um pneu 90/90 R21 na frente e 150/70 R18 atrás.


Na frente, a suspensão possui garfo invertido com curso de 230 mm e possibilidade de ajustes de acordo com o tipo de uso e perfil de pilotagem. A suspensão traseira é do tipo monoamortecida, com curso de 220 mm e opções de ajustes na pré-carga da mola.

O freio dianteiro possui disco duplo de 310 mm e pinças radiais de quatro pistões. Na traseira o disco é simples de 256 mm. O sistema ainda está equipado com freios ABS e pode ser ligado/desligado apenas na roda traseira, proporcionando uma condução mais esportiva no off-road.


Como as rivais, a Africa Twin traz controle de tração que pode ser desligado e tem três níveis de intervenção. Outro toque de modernidade é o conjunto óptico, totalmente em leds: setas, faróis e luzes de posição. O painel de instrumentos é digital, em LCD, com dois mostradores que dispõe as informações no sentido vertical – como ocorre nos modelos de rali.

A Africa Twin já pode ser encomendada nas concessionárias, mas as primeiras unidades só serão entregues no início de dezembro. Como nos demais modelos da Honda, são três anos de garantia com assistência 24 h em todo o Brasil e também na Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai.



por Fabio Perrotta Junior
Auto Press


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MARIO PINHO

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