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Cientistas anunciam reprodução de camundongo sem óvulo


Cientistas conseguiram, pela primeira vez, fazer nascer um camundongo através de uma célula que não era um óvulo injetada com esperma, um método que abre novas perspectivas para a reprodução assistida em humanos, segundo um estudo publicado nesta terça-feira (13) na revista científica "Nature Communications".
"Pensava-se que só um óvulo era capaz de reprogramar o esperma para permitir que o desenvolvimento embrionário acontecesse. Nosso trabalho desafia esse dogma", disse o autor principal do artigo, Tony Perry, da Universidade de Bath.
Existem dois tipos de células: as células reprodutivas meióticas (óvulos e espermatozoides) e as células mitóticas, que incluem a maioria dos tecidos e órgãos dos nossos corpos.
Como foi feito?
A reprodução de um mamífero requer a fusão de um espermatozoide e um óvulo, criando um embrião.

Mas, em vez de usar um óvulo meiótico para produzir os filhotes de rato, os pesquisadores usaram um tipo de célula mitótica chamada de parthenogenote.
O "embrião" foi formado sem fertilização, ao estimular quimicamente um óvulo para que este inicie o processo de divisão celular.
Pouco antes de se dividirem em duas células, as parthenogenotes foram injetadas com núcleos de esperma para fertilizá-las.
Os pesquisadores conseguiram fazer nascer camundongos em 24% dos casos. Esses pequenos roedores se tornaram adultos férteis, saudáveis e com uma expectativa de vida normal, destacou Perry em uma coletiva de imprensa em Londres.
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Por Jefferson Victor

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